O conceito de qualidade de vida adoptado na Cercimira é uma simplificação do modelo sugerido por Robert Schalock (1994).
O trabalho académico deste investigador tem incidido numa aplicação da definição concetual de Qualidade de Vida às pessoas com deficiências e incapacidades, nomeadamente sobre as implicações do uso desse conceito, não só para suportar uma evolução das organizações que lhes prestam serviços, mas também das próprias políticas públicas (Schalock, Bonham, & Verdugo, 2008).
Do seu ponto de vista, uma formulação concetual da qualidade de vida facilita a medição e avaliação de resultados de uma intervenção estruturada para atender às necessidades e expectativas de uma pessoa com deficiências e incapacidades, e além disso, pode também inspirar uma estratégia organizacional e suportar a avaliação da sua eficácia.
Numa primeira explicação, uma definição do que é a qualidade de vida deve ser entendida como um conceito latente, ou seja, que não se manifesta de uma forma clara, mas que está essencialmente sustentado em três grandes domínios: independência, participação social e bem-estar. Clique na imagem seguinte para ver estes três domínios e as dimensões subjacentes a cada um deles:
Os planos individuais dos nossos Clientes refletem objetivos que apontam para estes domínios.
Clique para saber mais sobre alguns conceitos centrais na intervenção da Cercimira, como Empowerment, auto-representação e auto-determinação.
Referências citadas
Schalock, R. L. (1994). Quality of life, quality enhancement, and quality assurance: Implications for program planning and evaluation in the field of mental retardation and developmental disabilities. Evaluation and Program Planning, 17, 121-131.
Schalock, R. L., Bonham, G. S., & Verdugo, M. A. (2008). The conceptualization and measurement of quality of life: Implications for program planning and evaluation in the field of intellectual disabilities. Evaluation and Program Planning, 31, 181–190.